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06-03-2017

CIDADANIA E MARKETING PARTICIPADO

marketing participado


A participação dos cidadãos na vida dos municípios não é mais uma utopia, muito menos algo que os decisores políticos possam ignorar. A utilização de ferramentas de marketing participado é fundamental para o desenvolvimento da sociedade como um todo democrático.


O marketing participado é uma ferramenta estratégica capital para a promoção das valências centrais que dão expressão ao território e, com particular incidência, da cidadania. Com efeito, esta ferramenta assume particular importância numa época de grande competitividade, em que a globalização tende a diluir a diversidade e a atenuar os traços distintivos de cada lugar. O papel do cidadão/munícipe, pela individualidade que confere a cada um dos seus atos, é cada vez mais relevante na construção de planos de ação do município na melhoria dos planos de desenvolvimento locais. Que imagem tem o município junto dos cidadãos? Como podem estes contribuir para a sua melhoria? Como construir a imagem da "marca cidade"?

Nada como olhar para o exemplo de uma das cidades de vanguarda em todo o mundo no que diz respeito ao uso das tecnologias de informação e das ferramentas de marketing participado. Falamos do caso de Nova Iorque (Estados Unidos) que, em 2011, lançou o projeto "NYC Digital" como parte integrante de uma iniciativa mais vasta de criação da primeira estratégia digital do mundo direcionada para a cidade.

O objetivo foi o de desenvolver uma sociedade civil fortalecida na sua participação democrática na vida da cidade, utilizando para isso ferramentas tecnológicas para envolver, servir e ligar os cidadãos de Nova Iorque. Assim, foram traçadas metas como: expandir o alcance digital através de uma abordagem mais consolidada aos social media; descentralizar a comunicação em milhares de departamentos e órgãos municipais; partilhar informações e atualizações em vários idiomas para uma população multicultural e diversificada; fornecer informações consistentes, precisas e acessíveis durante emergências; utilizar as redes sociais para monitorizar, engajar e obter informações valiosas sobre os eleitores.

Nova Iorque quis assumir-se como a cidade de vanguarda na aplicação de ferramentas digitais de promoção da cidadania. Resultado: atualmente atinge mais de cinco milhões de pessoas e o seu sucesso é inquestionável.

A passagem do furacão Sandy (outubro de 2012) foi o primeiro grande teste à eficácia da estratégia montada e os resultados foram tão impactantes que o processo se estendeu às situações de não emergência. Isto é, o governo da cidade de Nova Iorque passou a utilizar os canais sociais para campanhas proativas e mobilizadoras, como competições de poesia, fornecendo em troca informações sobre as diversas atividades da cidade, estabelecendo assim um ponto de encontro online dos cidadãos e mostrando um lado mais humano dos seus governantes. Atualmente, o "NYC Digital" atinge mais de cinco milhões de pessoas, através de 280 canais de social media e 15 aplicativos para dispositivos móveis.

A utilização de meios tecnológicos pelos cidadãos é aplicável a áreas tão distintas como a elaboração de um orçamento municipal, ou a monitorização das expetativas acerca da qualidade de vida no município.

O país até pode parecer improvável, mas no Quénia foi aplicada uma solução que permite aos cidadãos participar de forma simples e direta no seu próprio destino. O fato de registar a mais alta taxa de utilização de aparelhos móveis por habitante de toda a África facilitou a aplicação do projeto levado a cabo pela Organização Não Governamental Sodnet (Social Development Network), em colaboração com a Agência de Desenvolvimento Sueco Sida. "Desenvolvemos uma plataforma digital que permite aos cidadãos comunicar falhas nos serviços [públicos], utilizando uma simples mensagem de texto", explica Philip Thigo, o principal responsável pelo desenvolvimento do projeto. Todas as reclamações são expostas online, de modo a encorajar os prestadores de serviços a resolver os problemas mais rapidamente, ao mesmo tempo que aumenta a responsabilidade dos decisores e diminui o risco de corrupção. O projeto é apoiado pela Millennium Campaign das Nações Unidas.

CidadesDe acordo com um documento publicado no site do Parlamento Europeu, citando o Boston Consulting Group, até 2020 cerca de um terço das interações entre os cidadãos e os governos serão feitas online. Esta cidadania participativa pode e deve ser aplicada aos vários níveis de interação entre os diversos graus de poder (nacional, regional, local), já que o olhar fornecido pelos cidadãos à Administração Pública abre uma janela de oportunidade para o repensar das estruturas e dos procedimentos organizacionais, de modo a promover a eficiência nos serviços públicos.

Até 2020, cerca de um terço das interações entre cidadãos e governos (nacionais, regionais, locais) serão efetuadas eletronicamente. De África à União Europeia as potencialidades são enormes e há soluções para "atacar" o problema.

Em Portugal, estamos a dar passos significativos no domínio do marketing participado, estando os responsáveis dos municípios alertados e conscientes do valor estratégico das ferramentas tecnológicas ao seu dispor. Sobretudo, se pensarmos em aplicá-las em áreas tão diversas como a participação na agenda cultural do município, o lançamento de concursos e de jogos tendentes melhorar o conhecimento sobre a geografia, a história ou as artes locais, inquéritos de satisfação sobre eventos - feiras e exposições -, sobre a qualidade de vida na cidade ou votação online de ideias e iniciativas. Também é possível recorrer ao Instagram, a concursos de fotografia com destaques de lugares, paisagens, arquitetura e arte urbana, entre outros.

É neste espaço de respostas que a PARADIGMSHIFT apresenta a sua oferta, disponibilizando instrumentos ágeis e totalmente eletrónicos, como por exemplo aplicações móveis que permitem que o munícipe possa interagir em tempo real com os responsáveis do município e vice-versa, onde quer que se encontrem e em qualquer momento.

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