04-12-2016
GERIR ATIVOS A DISTÂNCIA - SALA DE CONTROLO DE OPERAÇÕES
A criação e a aplicação de sistemas remotos de controlo dos ativos móveis relacionados com a atividade externa de uma empresa são essenciais para um negócio bem sucedido.
Saber exatamente onde está cada veículo de um frota automóvel, que trajeto percorreu, que destinos e alvos tem para atingir, se já terminou o serviço e que tarefas ainda tem por realizar são aspetos essenciais do controlo e gestão dos ativos móveis no terreno de qualquer empresa. O gestor de frota tem de estar sempre informado acerca dos movimentos e ações que cada um dos veículos efetua, devendo ainda ter a possibilidade de tratar mensagens e alertas sobre as tarefas a executar, acrescentar e calendarizar novas ações. Para isso, é necessário que a empresa esteja equipada com um sistema de comunicações em tempo real a partir da sala de controlo ou de qualquer ponto onde esteja o gestor, verificando e gerindo todas as etapas do trabalho de forma remota sobre mapas e cartografia que espelhem a realidade das operações. Este controlo implica o conhecimento rigoroso acerca dos movimentos dos veículos, máquinas, equipamentos e stocks de mercadoria.
Para isso, cada um dos elementos no terreno deve poder receber mensagens nos respetivos dispositivos móveis, em tempo real ou em modo histórico, de forma a que os administradores de frota consigam gerir em qualquer lugar e a qualquer hora o que está a acontecer. Isto é: ações anda não iniciadas, com duração além do normal, desvio de escala e de trajeto, funcionamento anormal dos equipamentos, número inferior de tarefas relativamente ao previsto, quebra de normas de segurança ou paragens não autorizadas. Mas não se trata apenas de estar informado: o gestor de frota deve poder corrigir estes desvios, através do envio de ordens diretamente para o equipamento móvel, para garantir o normal cumprimento das tarefas.
Os gestores de frotas devem dispor de um sistema de comunicações em tempo real, aplicável de qualquer ponto onde estejam, conferindo e dando instruções sobre todas as etapas do trabalho sobre mapas e cartografia que espelhem a realidade das operações.
A implementação de um sistema M2M (Machine to Machine) bidirecional torna-se cada vez mais decisiva para o bom desempenho do negócio de uma empresa. O M2M executa as ligações, fornece os interfaces de dispositivos e permite que os dados sejam transferidos entre máquinas, através de redes sem fio. Um estudo recente da Heavy Reading (http://www.heavyreading.com/) mostra que as empresas exigem cada vez mais soluções M2M para melhorar a experiência do cliente e gerar maior valor associado aos serviços que prestam. Empresas que ficaram satisfeitas com a segurança e a fiabilidade dos dados enviados e recebidos dos equipamentos remotos, querem agora multiplicar o valor das suas aplicações, através do fornecimento de informações ?inteligentes? para os seus negócios.
Empresas como a Deutsche Telekom (www.telekom.com) fazem uso desta tecnologia para a sua frota automóvel, bem como para os clientes aos quais prestam serviços. E podendo ser uma comparação fora do contexto, também as empresas de construção civil utilizam a mesma tecnologia para trabalharem. Os gestores dessas frotas recebem em tempo real as últimas informações sobre seus veículos de estaleiro, através de um relatório estatístico automático que é enviado para o portal assim que ocorre um defeito ou o tanque de combustível está vazio. Por meio de delimitação geográfica (georreferenciação), o uso indevido do veículo ou o roubo também podem ser registados.
Tratando-se de um sistema de troca de informações empresariais, é imperioso salvaguardar os aspetos relativos à segurança. Razão pela qual o princípio de base da arquitetura assegura um sistema de encriptação de dados entre a central de comando e as equipas no terreno, por intermédio de um canal exclusivo de comunicação, estando assegurada a proteção de todas as comunicações dos vários intervenientes neste processo.
A segurança é um ponto-chave deste sistema, razão pela qual o princípio de base da arquitetura desta tecnologia assenta na troca de informação encriptada entre a central de comando e as equipas no terreno.
A construtora Volvo (http://www.volvo.com/home.html) tem esta tecnologia aplicada à sua frota automóvel em vários países do mundo, permitindo em cada caso concreto um acompanhamento online, em tempo real, de toda a telemetria do veículo, da sua localização ou do consumo de combustível, através da verificação dos dados operacionais, tudo remotamente. As equipas que operam no exterior da sede da empresa podem ver a sua conta corrente e respetivos quadros que informam acerca da atividade realizada, a que está em curso e em atraso, os tempos médios de realização de cada tarefa, bem como a conta corrente das despesas e receitas. Mesmo que não estejam no espaço físico do escritório, os gestores da frota dispõem de indicadores e de alertas sobre os quais vão ter que tomar medidas para corrigir erros, podendo fazê-lo de forma remota.
O conhecimento específico da realidade do negócio é muito importante. Daí que seja necessário criar uma infraestrutura tecnológica capaz de disponibilizar os equipamentos adequados às equipas ou elementos no exterior, dirigi-las para os locais exatos, dotá-las dos meios logísticos, ferramentas de trabalho, dos documentos certos para a prossecução do trabalho, programar as atividades de cada equipa ou elemento e criar o plano de trabalhos que servirá de referência para a análise de desempenho.
Se esta tecnologia é facilmente aplicável à pequena escala, o mesmo acontece quando falamos de grandes mercados. Num trabalho publicado pela Telecoms Tech News (http://www.telecomstechnews.com/), o exemplo fornecido é o do mercado da América do Norte. No final de 2015, havia cerca de 5,8 milhões de empresas a utilizar sistemas de gestão de frotas, sendo previsível que até 2020 esse número suba para 12,7 milhões. Na América Latina, a taxa anual de crescimento é de 12,8 por cento e dentro de quatro anos haverá 4,1 milhões de sistemas instalados em frotas automóveis. Por seu lado, na China, de acordo com a Machine 2 Machine (http://www.machinetomachinemagazine.com/), o crescimento de número de frotas a utilizar esta tecnologia tem um crescimento de 22,9 por cento e até ao final de 2019 estima-se que haja cerca de seis milhões de empresas equipadas com sistemas remotos de controlo de frota.
A aplicação de sistemas remotos de controlo da atividade das equipas no terreno tem vindo a crescer de forma exponencial. São essas ferramentas de gestão que garantem o êxito dos negócios um pouco por todo o mundo.
As empresas e organizações têm muito a ganhar com a implementação do sistema M2M bidirecional, através da oferta de serviços de valor acrescentado. A capacitação das empresas deve passar pela aplicação de meios técnicos e tecnológicos de informação detalhada do negócio. Este é o futuro.
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